Iporã
Da Redação
Tem algo diferente no ar. Nas últimas semanas, Iporã foi oficialmente tomada pelo clima de festa junina. Era só dar uma voltinha no centro ou nas escolas para topar com chapéu de palha, pintinhas no rosto, vestido rodado e muita disposição para dançar quadrilha. A invasão, no entanto, foi muito bem-vinda. A cidade entrou no clima, abraçou a tradição e fez do mês de julho uma verdadeira temporada de festa boa.
E não pense que foi uma ou outra comemoração isolada. Praticamente toda semana alguém estava fechando uma rua, organizando barracas, preparando pipoca, fazendo paçoca, esquentando caldos e decorando o espaço com bandeirinhas. Quando anoitecia, o cenário mudava: luzes coloridas, fogueira acesa, risadas de crianças e aquele cheirinho irresistível de quentão e pinhão no ar.
As festas aconteceram de forma espontânea, organizadas por grupos de amigos, famílias, vizinhos e principalmente pelas escolas, que mantêm viva a tradição ano após ano. Cada pátio virou arraial. Teve quadrilha, pescaria, correio elegante, barraca do beijo, maçã do amor e guloseimas que fizeram a alegria de crianças e adultos. Os pequenos, é claro, deram um show à parte. Com passos ensaiados, trajes caprichados e animação de sobra, mostraram que festa junina se faz com coração, e muito milho.
É verdade que o nome “festa junina” vem lá de São João Batista. Antigamente chamada de festa joanina, foi adaptada ao longo do tempo e acabou ganhando o nome atual. Mesmo sendo tradição de junho, por aqui a festa ganhou ainda mais força em julho. A explicação está no frio gostoso da estação e no calendário mais folgado, que permite que escolas e comunidades organizem tudo com mais calma, aproveitando melhor cada momento.
Mais do que uma sequência de festas, julho foi um mês de encontros. De reunir gente querida, de aquecer o coração com comida boa, música animada e aquele jeitinho simples de ser feliz. A cada esquina, uma lembrança. A cada bandeirinha, um convite para celebrar.
E Iporã, que sabe muito bem como cultivar tradições, mostrou mais uma vez que não precisa de grandes produções para viver grandes momentos. Basta um pouco de iniciativa, algumas receitas caseiras e muita vontade de juntar as pessoas. Porque é isso que as festas juninas populares fazem por aqui: aproximam, acolhem e deixam a cidade ainda mais vibrante.
Festa Junina tem pipoca, pinhão, paçoquinha, bolo de milho, pé de moleque e amendoim… se isso não for motivo pra esquecer a dieta e dançar quadrilha com a boca cheia, eu não sei o que é!